Dezembro, 2007
80
Passo Fundo, RS
Conceito de coleção nuclear

Uma coleção nuclear é um limitado grupo de acessos representando, com um mínimo de repetitividade, a máxima diversidade genética conservada de uma espécie e seus parentes silvestres, ou seja, representa com o máximo de fidelidade possível a riqueza alélica presente em determinada coleção (Frankel, 1984).

Quanto ao tamanho da coleção nuclear, Brown & Spillane (1999) sugerem que a mesma deve representar de 5 a 15% da coleção total, mas nunca ultrapassando 2000 entradas.

Várias metodologias estão disponíveis para auxílio na formação de uma coleção nuclear. Todas são baseadas nas informações disponíveis dos acessos. Essas informações podem ser de vários tipos, como: dados de passaporte (genealogia, origem geográfica), dados morfológicos, fenológicos, agronômicos ou ainda dados moleculares.

Estratégias de como formar coleções nucleares podem ser encontradas em Shoen & Brown (1993), Balfourier et al. (1999), Hintum et al. (2000), Hu et al. (2000), Wang et al. (2007), Vasconcelos et al. (2007), Cordeiro & Abadie (2007).

Uma vez formada a coleção nuclear, essa terá a maior dedicação, principalmente em relação à avaliação para características agronômicas e moleculares. Ressalta-se que os demais acessos do Banco continuarão sendo preservados, porém, em um primeiro momento, com menor atenção do que a coleção nuclear.

É importante salientar que essa proposta ao longo do tempo foi aceita, prova disso, que em 1996, foi recomendada pelo Plano de Ação Global para Conservação e Utilização Sustentável de Recursos Genéticos Vegetais da FAO (Hintum et al., 2000). Alguns exemplos da utilização são: a coleção mundial de cevada; no Brasil, as coleções nucleares de arroz (Abadie et al., 2005) e milho (Teixeira et al. 2006) recentemente formadas.


 

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