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Dezembro, 2007 |
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Passo Fundo, RS
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Para que o vírus possa ser disseminado, é necessário a presença de plantas hospedeiras e do afídeo vetor. Ao se alimentar da seiva de plantas infectadas, o afídeo adquire partículas virais, as quais migram pelo seu trato digestivo, hemocele e se acumulam na glândula salivar (Fig. 5). O afídeo se mantém portador do vírus mesmo durante as mudanças de fase, porém o vírus não é transmitido à progênie do inseto. A transmissão ocorre quando o afídeo vírulífero se alimenta de uma planta sadia. Para adquirir o vírus, os afídeos necessitam de se alimentar de uma planta infectada, havendo um período de latência quando se tornam transmissores. Mais de 150 espécies de plantas, todas dentro da família Poaceae, são hospedeiras do vírus. Como o vírus não é transmitido por outro inseto, sementes, solo ou mecanicamente, a capacidade de infectar várias espécies de gramíneas perenes e anuais, hospedeiras alternativas, permitindo a sua sobrevivência durante o verão, e a capacidade de transmissão pelas diversas espécies de afídeo são componentes importantes na epidemiologia do vírus e no êxito de determinada estirpe-espécie. Durante o outono e primavera os afídeos migram das gramíneas infectadas para gramíneas sadias transmitindo o vírus. Particularmente para as condições da região sul do Brasil, ocorre a migração dos afídeos de plantações de aveia para os cultivos recém implantados de trigo.
Documentos Online Nº 81
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