Dezembro, 2007
90
Passo Fundo, RS

 

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Manejo Integrado de Pragas de Grãos Armazenados (MIPGRÃOS)

Cláudia De Mori
Irineu Lorini

Identificação da tecnologia

Descrição da tecnologia

Conjunto integrado de métodos de controle das pragas de grãos armazenados (Rhyzopertha dominica, Sitophilus zeamais, S. oryzae, Plodia interpunctella, Sitotroga cerealella, dentre outras) que causam danos diretos aos grãos e aos subprodutos pela perda de volume e qualidade, pela contaminação com fragmentos de insetos e esporos de fungos produtores de micotoxinas. A tecnologia compreende as seguintes etapas: mudança de comportamento dos armazenadores (sensibilização); conhecimento da unidade armazenadora; medidas de limpeza e higienização da unidade armazenadora; correta identificação de pragas; identificação de resistência de pragas a inseticidas; potencial de destruição de cada espécie-praga; proteção do grão com inseticidas; tratamento curativo; monitoramento da massa de grãos; e gerenciamento da unidade armazenadora. No desenvolvimento da tecnologia, podem-se citar como principais parceiros Emater/RS, Epagri/SC, Cooperativa Integrada, Cocari, Cotrijal, Cotripal, Cotriguaçu e C.Vale

Ano de lançamento

1998

Ano de início de adoção

1999

Abrangência

RS, PR, MS e GO

Beneficiários

Unidades armazenadoras de grãos (propriedades rurais, cooperativas e cerealistas)

Identificação dos impactos na cadeia produtiva

A capacidade estática de armazenamento no Brasil, segundo o Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras, é de aproximadamente 89,6 milhões de toneladas. A região Sul concentra 42,9% da capacidade armazenadora, com 39,3 milhões de toneladas, seguida da região Centro-oeste (31,7%), com 28,4 milhões de toneladas. O armazenamento à granel representa 71,9% do total da capacidade de armazenagem (Beskow & Deckers, 2002).

Alguns dos problemas decorrentes de uma armazenagem inadequada de grãos são: perdas de grãos ocasionadas por pragas em armazéns, presença de fragmentos de insetos em subprodutos alimentares, deterioração de massa de grãos, contaminação fúngica; presença de micotoxinas, efeitos na saúde humana e animal, dificuldades para exportação de produtos e subprodutos devido ao potencial de risco, dentre outros. Perdas quantitativas e qualitativas na fase pós-colheita, devido ao desenvolvimento de contaminantes que comprometem a qualidade de comercialização dos grãos e a segurança alimentar configuram-se como uma realidade no Brasil e podem representar até 10% da produção de grãos. Estes contaminantes são as pragas de grãos armazenados, bactérias, fungos, micotoxinas e sujidades, que se desenvolvem durante o processo de armazenagem e seguem por toda cadeia de grãos chegando a mesa do consumidor. A geração de informações sobre tais contaminantes e a implantação de processos que reduzam as perdas decorrentes destes contaminantes são fundamentais para melhoria da segurança alimentar.

A expressiva infestação de insetos em unidades armazenadoras de grãos, resultando perdas quanti-qualitativas de grãos e as dificuldades de comercialização do produto, foram o cenário que propiciou o desenvolvimento da tecnologia e a adoção da mesma por parte das unidades armazenadoras. Os impactos resultantes da adoção da tecnologia relacionam-se a: redução de perdas quanti-qualitativas dos grãos; racionalização de uso de inseticidas; aumento da duração do período entre tratamentos preventivos e curativos; melhoria no processo e estrutura de armazenagem com foco no controle preventivo; alterações no espaço físico com nova visão do modelo de construção de instalações de armazenagem; treinamento e capacitação de mão-de-obra e melhoria do conhecimento do processo de armazenagem; melhoria nas condições de trabalho (ambiente de trabalho agradável; redução de riscos de acidentes; satisfação e motivação dos funcionários, etc.); melhorias no processo gerencial (maior integração da equipe, otimização de recursos, etc.); valoração do produto; garantia de entrega e satisfação do cliente; manutenção e expansão de mercado (produto diferenciado) e melhoria de imagem da organização.

Atualmente, o programa MIP conta com a parceria de nove cooperativas (Cocari – Mandaguari/PR, Coopasul – Naviraí/MS, Coopavel – Cascavel/PR, C.Vale – Palotina/PR, Cotriguaçu – Palotina/PR, Cotrijal – Não Me Toque/RS, Cotripal – Panambi/RS, Caramuru – Rio Verde/GO e Cooperativa Integrada – Londrina, Assai, Cornélio Procópio, Maringá e Ubiratã/PR) estando implantado em 14 unidades armazenadoras. Em termos de volume de grãos, estima-se que mais de 3,68 milhões de toneladas/ano estejam sob monitoramento do MIPGRÃOS, o que corresponde a aproximadamente 3,8% da soma total de cevada, trigo, milho e soja produzidos no país.

Avaliação dos impactos econômicos

Tipo de impacto: Agregação de valor

Análise dos impactos econômicos

A redução de perdas quanti-qualitativas dos grãos; a racionalização de uso de inseticidas; o aumento da duração do período entre tratamentos preventivos e curativos; garantia de entrega e satisfação do cliente; manutenção e a imagem do produto e da organização decorrentes da implantação do MIP resultam na valoração do produto ofertado. Observa-se que haja um ganho adicional de 1 a 5 % do preço do produto com adoção da tecnologia MIP em relação ao produto sem monitoramento. Considerando, um ganho adicional de 3% sobre o preço médio, ponderado pela quantidade de grãos em monitoramento, de cevada, de trigo, de soja e de milho observados em 2006, estima-se um ganho adicional unitário por tonelada de R$9,40/tonelada, sendo R$6,11/tonelada o valor correspondente ao ganho adicional atribuível a Embrapa. No ano de 2006, as unidades armazenadoras adotantes da tecnologia tiveram uma quantidade de recebimento e venda de 3.916.250 toneladas de grãos gerando um adicional econômico ao setor de grãos estimado na ordem de R$ 36.812.750,00. A contribuição da Embrapa é estimada no valor de R$ 23.928.287,00, 65% do benefício total gerado.

Segundo informações levantadas pela cooperativa Cotrijal, a implantação do MIP resultou na redução de custos de 62% com tratamento curativo em milho, devido ao aumento do tempo de armazenagem e maior eficiência nas aplicações pela aquisição de equipamentos adequados. (Tabelas 12 e 13)

Avaliação dos impactos sociais

Para os entrevistados, a tecnologia apresenta impactos sociais positivos, com índice de impacto social no valor de 3,08 e 3,80 havendo alterações expressivas em termos de capacitação, geração de renda, valor da propriedade, dedicação e perfil de responsável e relacionamento institucional (Fig. 9).

Com relação ao aspecto emprego, a implantação do MIP em unidades armazenadoras tem repercussão positiva na capacitação de técnicos de maneira continuada (identificação das pragas, reconhecimento do local de ocorrência, potencial de dano econômico, ciclo de vida das pragas, eficácia dos inseticidas, tecnologia da aplicação dos produtos, medidas não químicas de controle de pragas, fichas de monitoramento, tomada de decisão de controle de pragas etc.) (coeficiente de impacto de capacitação de 15 para ambos entrevistados); e na oferta de empregos braçal e especializado de caráter temporário e permanente nos municípios onde se localizam as unidades.

Em termos de renda, as contribuições da tecnologia são relacionados a segurança, a estabilidade e ao montante para as unidades armazenadoras, conseqüentemente, para os cooperados das cooperativas (coeficientes de impacto de geração de renda de 3,75 e 5,0). Tais contribuições decorrem da valorização do produto ofertado pela garantia de um produto isento de insetos e com qualidade especificada, além do aumento do volume nas unidades, pela não existência da perda de grãos. Durante a implantação do MIPGRÃOS, inúmeros investimentos em benfeitorias e maquinário foram feitos nas unidades armazenadoras. Para exemplificação, foram investidos R$102.150,00 em equipamento e R$315.700,00 em obras pela cooperativa Cotrijal durante a implantação da tecnologia nos seus 27 entrepostos de recebimento e armazenamento de grãos (coeficiente de impacto de valor da propriedade de 4,25 e 2,55).

Do ponto de vista de saúde, a tecnologia permite uma grande redução da emissão de poluentes atmosféricos (partículas de grãos ou agroquímicos e odores), por outro, a atividade de lavagem das estruturas pode aumentar a geração de contaminantes para o solo. De maneira geral, a adoção de medidas de limpeza e higienização e da correta identificação e adequado controle de pragas nas unidades armazenadoras conduziu à redução da periculosidade e da exposição dos funcionários a agentes químicos e biológicos. Para os entrevistados foram observadas expressivas melhorias nas condições de trabalho: ambiente de trabalho mais agradável; agilidade e facilidade nos processos de higienização pela melhoria das instalações e compra de equipamentos; redução de riscos de acidentes; etc. (coeficiente de segurança e saúde ocupacional de 0,8 e 1,8).

Para os respondentes, a redução da perda quanti-qualitativas de grãos observada após a adoção da tecnologia contribui com a segurança alimentar pela maior oferta e para garantia nutricional do alimento, isento de micotoxinas e com menores resíduos químicos (coeficiente de impacto de segurança alimentar de 0,3 e 2,2).

De maneira geral, em termos de gestão, a tecnologia tem contribuição em melhorias no processo gerencial das unidades que passam a adotar planilhas de registro e planejamento das ações nas unidades armazenadoras; conduz à maior integração da equipe com satisfação e motivação dos funcionários; e induz à capacitação dirigida e continuada dos funcionários operacionais e gerenciais. Segundo entrevistas realizadas com os funcionários, o ritmo de atividades no período inicial da implantação aumentou, criando a necessidade de contratação de mão-de-obra permanente e temporária. Da mesma forma, percebe-se uma maior interação entre unidades armazenadoras na troca de experiências, bem como na cooperação entre os elos da cadeia de grão. Houve significativas alterações no armazenamento tanto na estrutura de armazenagem com um novo conceito de modelo construtivo de facilitação de limpeza e redução de foco de contaminação, quanto nos processo preventivos quem implicaram no aumento do tempo de armazenamento e redução do número de transbordos. As empresas adotantes do MIP passaram a ter imagem positiva no mercado de grãos, com valoração de seu produto e preferência de compra.

Avaliação dos impactos ambientais

Atualmente, o programa MIP conta com a parceria de nove cooperativas (Cocari, Coopasul, Coopavel, C.Vale, Cotriguaçu, Cotrijal, Cotripal, Caramuru e Cooperativa Integrada) estando implantado em 14 unidades armazenadoras.

Em termos quantitativos de abrangência de uso da tecnologia, estima-se que 1,22%, 0,92%, 0,86%, 2,98%, 2,54%, 3,36% e 4,0% da soma total das quantidades de cevada, trigo, milho e soja produzidas no país, nos anos de 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006, respectivamente, estavam sob monitoramento com uso da tecnologia MIPGRÃOS.

Em termos ambientais, para ambos os entrevistados, a tecnologia tem impactos positivos no uso de insumos materiais, qualidade do produto e capital social. Um dos entrevistados sinaliza uma alteração negativa da tecnologia em termos de uso de recursos naturais. O índice de impacto ambiental foi de 0,86 e 1,30 (Fig. 10)

Sob o ponto de vista da eficiência tecnológica, a implantação do MIPGRÃOS conduz a redução de perdas quantitativas de grãos o que resulta em maior disponibilidade de produto e economia da quantidade (coeficiente de impacto de uso de insumos materiais de 2,5 e 5,0). Em termos de uso de energia, não pode-se avaliar quantitativamente o balanço, uma vez que se por um lado, há redução de consumo de energia pela redução de número de transilagem de grãos, redução de tratamentos, etc. por outro, há um gasto maior de energia elétrica para execução da atividade de limpeza do armazém. Para um dos entrevistados, em termos de uso de recursos naturais, o consumo de água da unidade aumenta expressivamente no início do processo, onde há lavagem de todas as instalações. Neste sentido, dependendo do estágio em que a unidade se encontra este componente pode ter uma alteração considerada grande ou nula (coeficiente de uso de recursos naturais de 0,0 e -15).

Para um dos entrevistados, considerando aspectos relacionados a conservação ambiental, a tecnologia tem grande alteração na redução na emissão de material particulado e odores na atmosfera (coeficiente de impacto de atmosfera de 0,0 e 2,25). Com a menor necessidade de transilagem e de tratamentos químicos, reduz-se a emissão de partículas de pó e de produtos químicos. Dado o acúmulo de partículas de grãos em galerias de até 12 metros de profundidade era comum a formação de gases e odores decorrentes da decomposição dos materiais. Com a implantação do MIPGRÃOS, principalmente a manutenção da limpeza nestes túneis e galerias, tal situação foi eliminada.

Do ponto de vista de recuperação ambiental não identificou-se alterações/ contribuições.

Os resultados da adoção da tecnologia são a oferta de produtos de acordo com as portarias e com especificações técnicas da indústria, redução de resíduos químicos e de contaminantes biológicos como micotoxinas. Para os entrevistados, a qualidade do produto garante segurança para os diferentes segmentos das cadeias produtivas de cereais (coeficiente de impacto de qualidade de produto de 2,0 e 3,0).

Do ponto de vista de impactos em termos de capital social, foram desenvolvidas atividades de transferência da tecnologia junto ao segmento armazenador, produção de sementes e a agricultura familiar. A partir de parceria com a Emater, desenvolveram-se ações de transferência de processo de armazenagem em propriedades familiares a partir da implantação do MIP e uso da terra diatomácea.

Para os entrevistados, as empresas adotantes do MIP passaram a ter imagem positiva no mercado de grãos, com valoração de seu produto e preferência de compra. A marca MIPGRÃOS, registrada pela Embrapa, tem sido usada como uma espécie de selo de garantia, o que credenciou a Embrapa como referência nacional junto ao setor cooperativo e a órgãos como CONAB, CEAGESP, CASEMG, etc.

Análise dos impactos sobre o conhecimento, capacitação e político-institucional

A Tabela 14 sumariza os coeficientes de alteração de componentes relacionados a conhecimento, capacitação e político-institucionais. A seguir tecem-se alguns comentários pertinentes vinculados a estes aspectos.

Impactos sobre o conhecimento

O desenvolvimento da tecnologia e o processo de intercâmbio na implantação da tecnologia junto a unidades armazenadoras propiciou a geração de novos conhecimentos de técnicas e métodos tais como medidas não químicas de controle como o uso dos pós inertes, vedação de silos e armazéns para a prática do expurgo, alternativas químicas menos agressivas e definição do momento de aplicação adequado, método de dosagem exata do produto para controle das pragas, entre outros. Um dos pontos significativos consiste na introdução de uma nova lógica na concepção das estruturas de armazenamento que foram decorrentes da implantação da tecnologia, como a inversão das barras de suporte nos silos metálicos. Houve aumento do número de artigos técnico-científicos publicados e o desenvolvimento de teses. A Embrapa Trigo também apóia cursos de pós-graduação em nível de mestrado e de doutorado e mantém estágios de iniciação científica e aperfeiçoamento em pesquisa na área, ministrando disciplinas de pragas de grãos armazenados e armazenamento qualitativo de grãos. Como resultados destas parcerias, podem ser citadas as seguintes teses de doutorado: “Resistência de populações de Oryzaephilus surinamensis (Coleoptera: Silvanidae) a inseticidas piretróides e organofosforados em trigo armazenado”; e mestrado: “Comportamento de Rhyzopertha dominica (F.) (Coleoptera: Bostrychidae) em relação a resistência ao inseticida deltamethrin”; “Caracterização da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) na Produção, Transporte e Armazenamento do Trigo na Cooperativa Integrada”; “Pontos Críticos de Inadequação das Estruturas Armazenadoras de Grãos que Dificultam o Controle das Pragas de Grãos Armazenados.”;“Trigo (Triticum aestivum) Pós-Colheita e Armazenado. Condições Higiênico- Sanitárias, Microbiota Fúngica e Ocorrência de Micotoxinas.”; e “Terra de Diatomácea e Ácido Propiônico no Controle de Pragas de Arroz (Oryza sativa L.) Armazenado e Influência nas Características de Consumo.”

A tecnologia é de domínio público, havendo um pedido de registro de marca no Instituto Nacional de Patentes Industriais efetuado pela Embrapa.

Impactos sobre a capacitação e a aprendizagem

A capacidade de relacionamento com o ambiente externo e formação de parcerias foi um dos pontos importantes. Em dezembro de 2005, foi formalizada parceria para o desenvolvimento de ações em preservação da qualidade em pós-colheita de grãos no país pela assinatura do Memorando de Intenções, liderado pelo MAPA e coordenado pela Embrapa, através da Embrapa Trigo, com o objetivo de estabelecer as ações e as condições favoráveis de cooperação visando o desenvolvimento do programa: Manejo Integrado de Pragas de Grãos Armazenados – MIPGRÃOS, como forma de promover a pesquisa e a difusão dos conhecimentos e seus resultados, visando à preservação da qualidade dos grãos armazenados.

A capacitação de equipe técnica e de pessoas externas também é um dos marcos da tecnologia. Mais de 2.000 pessoas foram treinadas em ações de difusão e transferência. A partir de parceria com a Emater/RS, foram desenvolvidas ações de transferência de processo de armazenagem em propriedades familiares a partir da implantação do MIP e uso da terra diatomácea. Foram realizados quatro cursos e implantadas seis unidades de demonstração em três municípios do estado do RS e SC, entre os anos de 2002-2004.

Impactos Político-institucionais

A marca MIPGRÃOS, em fase de registro pela Embrapa, tem sido usada como uma espécie de selo de garantia de produto, o que credenciou a Embrapa como referência nacional junto ao setor cooperativo e à órgãos armazenadores públicos como CONAB, CEAGESP, etc. Isto permitiu o estabelecimento de cooperação público-privada com a assinatura de protocolo entre 20 instituições em dezembro de 2005, ampliando a capacidade de captação de recursos. Em termos de Embrapa Trigo, houve o início da estruturação de grupo de pesquisa em pós-colheita. No ano de 2006, a Embrapa Trigo, coordenou o Comitê Executivo do 9th International Working Conference on Stored Product Protection, onde o Programa MIPGrãos foi destaque.

Análise agregada

Os impactos resultantes da adoção da tecnologia relacionam-se a: redução de perdas quanti-qualitativas dos grãos; racionalização de uso de inseticidas; aumento da duração do período entre tratamentos preventivos e curativos; melhoria no processo e estrutura de armazenagem com foco no controle preventivo; alterações no espaço físico com nova visão do modelo de construção de instalações de armazenagem; treinamento e capacitação de mão-de-obra e melhoria do conhecimento do processo de armazenagem; melhoria nas condições de trabalho (ambiente de trabalho agradável; redução de riscos de acidentes; satisfação e motivação dos funcionários, etc.); melhorias no processo gerencial (maior integração da equipe, otimização de recursos, etc.); valoração do produto; garantia de entrega e satisfação do cliente; manutenção e expansão de mercado (produto diferenciado) e melhoria de imagem da organização.

De uma maneira geral, a tecnologia MIPGRÃOS possui um forte componente de contribuição organizacional.

Por outro, a atividade de lavagem das estruturas pode aumentar a geração de contaminantes para o solo.

O crescente aumento quantitativo de abrangência de uso da tecnologia e a ampliação de parcerias de cooperação, citados anteriormente, denotam o potencial de expansão de adoção da tecnologia, o que resultaria em redução expressiva de perda física de grãos, além dos benefícios adicionais relatados anteriormente.

Materiais bibliográficos relacionados

DE MORI, C.; LORINI, I.; FERREIRA FILHO, A.; MIRANDA, M. Z. de. Impact of integrated pest management (IPM) technology on the organizational attitude of stored grain facilities in Brazil. In: INTERNATIONAL WORKING CONFERENCE ON STORED PRODUCT PROTECTION, 9., 2006, Campinas. Procedings... Campinas: ABRAPOS, 2006 p. 53-58.

LORINI, I. Como manejar as pragas de grãos armazenados. Disponível em: <http://www.snagricultura.org.br/artigos/artitec-armazenagem.htm>. Acesso em: 13 mar. 2006.

LORINI, I. Manual técnico para o manejo integrado de pragas de grãos de cereais armazenados. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2005. 80 p

LORINI, I.; MIIKE, L. H.; SCUSSEL, V. M. (Ed.). Armazenagem de grãos. Campinas: IBG, 2002. 1000 p.


 

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