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Dezembro, 2007 |
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Passo Fundo, RS
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A ocorrência de espécies de falsas-medideiras em soja é fato conhecido de longa data, sendo Pseudoplusia includens a mais comum (Fig. 9a). Rachiplusia nu também pode ocorrer, principalmente no sul do país. Estas lagartas geralmente se mantêm em níveis populacionais baixos, dificilmente exige procedimentos específicos para controle e têm sido manejadas junto com outras pragas desfolhadores, especialmente a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis). Considera-se que, historicamente, as falsas-medideiras, devido ao alto índice de parasitismo (Corseuil et al., 1974), são controladas naturalmente. Todavia, ultimamente, tem ocorridos surtos, havendo situações em que há predominância em relação à lagarta-da-soja. Isto têm gerado uma série de dúvidas nos agentes de assistência técnica em relação ao controle. Possivelmente, seja um problema resultante de desequilíbrios causados pelo uso inadequado de inseticidas (aplicações preventivas, produtos não seletivos etc.). O que pode ser dito em termos de orientação e de cuidados visando o controle de falsas-medideiras em soja é que os níveis de ação (tamanho e densidade de lagartas e desfolhamentos críticos) são os mesmos usados para A. gemmatalis. Entretanto, deve ser levado em conta que as falsas-medideiras são mais vorazes, normalmente não circulam no topo da planta (localizam-se mais “dentro da folhagem”) e são mais tolerantes a inseticidas (produtos e doses) que a lagarta-da-soja. Nem todos os inseticidas e doses indicados e/ou registrados para A. gemmatalis o são para as falsas-medideiras. Também há relatos de populações resistentes a inseticidas (Sosa-Gómez et al., 2006). Estas particularidades devem ser consideradas na escolha dos produtos e doses e nas decisões sobre a operação de aplicação de inseticidas (horário, vazão e pontas de pulverização).
Documentos Online Nº 91
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